quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amor é um primo biruta


Computador ligado, olhos vidrados na tela, observo com calma e curiosidade os dizeres dos meus contatos no Messenger, e um deles me intrigou, pois estava escrito a seguinte frase:
“dizem que o amor demora”... E mais alguma coisa que complementava o dizer, mas que não lembro certo o que era.
Porém dizem tanta coisa sobre o amor;
“O amor é coisa mais alegre, o amor é coisa mais triste, o amor é a coisa que mais quero”.
Se perder um amor... Não se perca!
Se o achar... Segure-o!
Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... É nada.
“amor com amor se paga”, e por aí se vão as intermináveis definições sobre o amor.
Pois para mim, o amor é aquele primo meio doido, que não conseguimos definir ao certo se amamos ou odiamos. O primo amor, a meu ver só pode sofrer do transtorno de bipolaridade crônica.
É difícil explicar, porém é mais difícil entender esse polêmico “primo”. Na maioria das vezes, o amor é muito amável, dócil, alegre e generoso. Chega de mansinho, com aquele sorriso estampado no rosto, cheio de excelentes novidades, que te propõe um infinito de alegrias. Ah, mas eu, que não sou boba nem nada lembro bem do que esse gentil primo me aprontou há mais ou menos 2 anos atrás, em plena festa de natal. Não, aquilo eu jamais esqueceria, mesmo que eu quisesse, pois foi um sofrimento e tanto.
Já é sabido o ditado; gato escaldado tem medo de água. Eu é que não ia me entregar novamente aos encantadores sorrisos desse primo biruta.
Mas que nada! Doce ilusão a minha, achar que não aos encantos do amor. Mas como resistir a alegria que ele me causava? Como evitar aquela maravilhosa companhia, que me deixava radiante, e com o poder de enxergar tudo mais contente e colorido. Não, eu não resisti! Peguei da mão do amor, e fui passear sem pensar onde ele me levaria, afinal, estava tão bom.
E estava mesmo, porém estava. Foi mais ou menos na metade do caminho, que o amor começou a dizer que estávamos perdidos. Mas pensei comigo: perdida com o amor? Eu ficaria a eternidade! Entretanto, o amor começou a cansar, disse que não estava tão contente e que não deveria ter me levado tão longe. O semblante do amor mudou, o alegre sorriso foi tomado por olhos sinistros de medo e dor. Comecei a ficar assustada, não parecia à mesma pessoa de dias atrás. O alegre amor, agora estava triste e sombrio, quase calado, fechado num mundo frio e gelado que era só dele.
Por um momento quase me desesperei, queria bater naquele primo louco que me prometeu alegria e prazer e agora me oferecia tristeza e dor. Que ódio do amor! Como pode a mesma pessoa despertar diferentes sentimentos, como pude eu deixar-me enganar por esse primo insano outra vez?
Foi quando ele me olhou e disse: Não me culpes por ser assim, tão inconstante. Quem mais sofre sou eu em fazê-la sofrer. Você até pode confiar em mim, mas esteja segura de si, pois eu sou um pobre louco que vaga por aí, há procura de um porto seguro. Antes de me dar a mão e sair a passear comigo, faça as pazes com você, se ame e se curta muito. Depois se achar que deves me chame, e aí sim, poderemos fazer um longo eterno passeio.

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